Primeiro livro lido para o desafio Mãe, tô de Férias, onde deveria ler um livro de 400 páginas.
Seguindo o ponto de vista de vários personagens diferentes,intercalando entre os policiais e os assassinos, A fera interior gera um conflito entre o que acreditamos, e o que realmente é certo.
Cinco corpos masculinos mutilados – castrados – e um rico empreendedor que denuncia na mídia a falta de firmeza da justiça dinamarquesa para com os pedófilos. O inspetor Simonsen, que tem experiência demais para não desconfiar das coincidências, logo compreende que está diante de um plano de grandes dimensões, cujos pormenores ainda desconhece…
Neste primeiro romance, intenso e cativante, Lotte e Søren Hammer constroem uma intriga milimétrica e engenhosa sobre um assunto ainda tabu na Dinamarca, a pedofilia. Pintando o retrato de uma opinião pública que toma partido dos assassinos, os autores levam o leitor a questionar suas próprias certezas éticas.
Logo no primeiro capítulo nos deparamos com a cena do crime, onde os cinco corpos são encontrados.
As mãos de todos tinham sido amputadas, mas os antebraços estavam intactos desde o cotovelo até o punho. As faces estavam desfiguradas. As genitálias também fomam mutiladas - de forma a ficarem irreconhecíveis - ou arrancadas.
No início a leitura flui lentamente, mas conforme mais pistas são encontradas o livro se tona mais interessante, nos apresentando estatísticas e atos horrendos que nos deixa na dúvida de qual lado nos posicionar, o da polícia ou dos assassinos.
Podemos fazer justiça com as própias mãos?
A variedade de personagens é grande, o que me deixou um pouco confusa sempre que um novo personagem aparecia, mas isso logo passa conforme vamos conhecendo as características de cada um, que possui um a função específica no enredo, não havendo nenhum personagem criado por acaso.
Simonsen é o personagem principal, um detetive que primeiramente é apresentado como sendo um dos melhores no que faz, mas ao decorrer da trama percebemos ue ele é um tanto quanto arrogante, se achando dono da verdade, dispensando informaçãos que poderiam ter sido importantes.
No geral o livro foi razoavelmente bom, com uma trama boa e um tema realmente polêmico, mas não seria um livro que eu indicaria.